terça-feira, 16 de setembro de 2014

O despertar do sagrado feminino e a consciência da mulher

"Conscientizar-se do sagrado feminino, é buscar conhecimento e dar os primeiros passos em um mundo novo, onde começa-se a perceber que a mulher é cíclica e os seus ciclos como menarca ( 1° menstruação), gravidez, menopausa e 3° idade são processos naturais.
 Quando a mulher passa a entender isso, ela não mais os recrimina, mas aceita-os ,e não mais coloca-se em um papel de vitimização e de sentir-se o patinho feio da lagoa. Ela não mais se sente inferior, suja, estranha ou culpada por sangrar. Ela passa a ver a sua menstruação como um processo fisiológico e natural, lembrando que esse também é parte da sua sexualidade.
A sua sexualidade passa a não ser mais objeto de vulgarização, mas sim do seu poder e de seu conhecimento.
Despertar o Sagrado Feminino, é deixar a Mulher Sábia, a conhecedora de si nascer. É conhecer-se e adentrar em um mundo de amor próprio, aonde respeita-se o seu mundo interior e com isso o seu exterior.
É conectar-se e religar-se com a energia feminina que existe no Universo; a Mãe Natureza, aquela que gera, cria, nutre e há vida em tudo.
Quando a mulher permite essa conexão com a Mãe Natureza, ela começa entender que como há ciclos em si mesma, há também em sua vida, e esses também serão constantes. Aceitar esses ciclos, é conhecer-se, entender-se e assim libertar-se de emoções reprimidas, medos e apegos.
É válido lembrar que os problemas relacionados ao útero, ovários, a sexualidade e a saúde da mulher tem a sua origem nessa carga emocional que ela carrega por anular-se e rejeitar-se.
Despertar o Sagrado Feminino é um processo de conhecimento, aceitação e respeito. É Despertar a consciência do Amor e dar à si de presente uma nova vida e um novo aconchego.
As mulheres precisam voltar a resgatar a sua origem, relembrar o que nossas ancestrais nos deixarem, reunir-se em círculos, curar-se umas as outras, religar-se a Mãe Terra e assim despertar uma nova consciência do que é ser mulher."
Marília Sampaio

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Parto Domiciliar: Escolha da Mulher

A gestação e o parto sempre foram vistos como eventos naturais e fisiológicos na vida de uma mulher. As experiências eram passadas de mãe para filha, entre irmãs ou amigas. O nascimento da criança era atendido por parteiras ou comadres, na casa da própria mulher. No entanto, com a intensificação da tecnologia e a entrada dos homens na assistência ao parto nos últimos séculos, o parto tem deixado de ser um evento feminino e natural, passando a ser tratado como doença e com a necessidade constante e rotineira de intervenções médicas. Nossos corpos, nossas mentes, nossos filhos e nossa sociedade têm sido violentados com agressões e intervenções desnecessárias, em detrimento a um modelo de assistência tecnocrático e biomédico.

 Há algumas décadas as mulheres do mundo todo tem sentido na pele as conseqüências deste modelo, e num movimento de resgate da autonomia de seus corpos e do parto seguro e fisiológico, muitas mulheres tem optado por terem seus filhos em casa. A casa é a identidade de uma pessoa, é seu refúgio, é o local onde ela pode se sentir acolhida e segura. O parto é um evento de intima relação entre a mulher, seu corpo e seu filho. A mulher deve estar conectada com suas vozes interiores para vivenciar de maneira plena este momento. Estar num ambiente (seja ele qual for) com muitos estímulos, conversas paralelas, pessoas desconhecidas pode desfavorecer e dificultar esta vivência. Segundo a Organização Mundial de Saúde, a mulher de baixo risco gestacional, pode escolher o local e com quem terá seu filho (parteira, enfermeira obstetra, obstetriz ou medico), da maneira que se sentir mais segura. Sentir-se segura é primordial para que o momento do nascimento ocorra de maneira tranqüila e natural. 

Adelita Gonzales