quinta-feira, 25 de junho de 2015

A lenda e a profecia do Bufalo Branco

A Lenda e a profecia do Búfalo Branco da Nação índigena Lakota, dos povos nativos peles vermelha dos EUA.

Postado por Thoth3126 on 08/01/2015

A “lenda” do Búfalo Branco é muito sagrada para os Nativos norte Americanos peles vermelha. A Nação Lakota (Sioux) contou a história original, que agora já tem aproximadamente 2.000 anos, em muitas reuniões de conselhos, cerimônias sagradas e através dos contadores de histórias das suas tribos…
“Não ande atrás de mim, talvez eu não saiba liderá-lo. Por favor, nem ande em minha frente talvez eu não saiba seguí-lo. Ande ao meu lado para que juntos possamos crescer e galgar os degraus da elevação da consciência”. (Provérbio Sioux)

Existem algumas variações ao se contar a história, mas todas são importantes e tem o mesmo final: tem comunicação com o Criador e com a Grande Mãe, através da oração, com claras intenções de Paz, Harmonia e Equilíbrio para todos os seres viventes para e com a Mãe Terra.

A lenda conta como o Povo havia perdido a capacidade de se comunicar com o Criador. O Criador enviou a Mulher Sagrada Bezerra de Búfalo Branco para ensinar ao Povo como rezar com o Cachimbo. Com aquele Cachimbo, sete cerimônias sagradas foram dadas ao Povo para assegurar um futuro com harmonia, paz e equilíbrio. A lenda conta que há muito tempo, dois homens jovens estavam caçando, quando apareceu uma linda donzela vestida com couro de gamo branco.
Um dos caçadores olhou para ela e, reconhecendo-a como WAKAN ou um ser FEMININO sagrado, baixou seus olhos. O segundo caçador aproximou-se dela com desejo ardendo em seus olhos, querendo-a possuir como mulher.
À medida que ele se aproximava, foi surgindo uma nuvem de poeira ao redor dele e quando a poeira assentou, tudo o que restou dele foi uma pilha de ossos (o seu desejo, a sua luxúria foi atendida de um modo muito rápido, o que o levou a se consumir em uma rapidíssima existência pois ele se auto consumiu pelo seu próprio desejo e luxúria). 


Enquanto Wakan andava em direção ao outro caçador que permaneceu silencioso e cabisbaixo, ela lhe explicou que ela meramente havia satisfeito o desejo do outro homem, permitindo a ele, naquele breve momento, viver uma vida, se consumir até morrer e se decompor, miseravelmente. 
Ela também instruiu o jovem caçador a voltar para o Povo e lhes dizer para se prepararem para a sua chegada para ensinar-lhes a maneira de orar. O caçador obedeceu.  Quando ela chegou com o Cachimbo das Orações, ela ensinou ao Povo os sete caminhos sagrados para orar. 



 Estas orações seriam através de cerimônias: a casa do Trabalho (Suor), para Purificação; a cerimônia de Nomeação ou dar nome às crianças; a cerimônia de Cura, para restaurar a saúde do corpo, mente e espírito; a cerimônia de Adoção ou reconhecendo os parentes; a cerimônia de casamento, unindo macho e fêmea; a Busca da Visão, comunicando-se com o Criador, para rumos e respostas para a própria vida e a Dança do Sol, para rezar pelo bem-estar de todo o Povo.
Quando o ensinamento dos caminhos sagrados estava completo, a Mulher Sagrada Bezerro de Búfalo Branco disse ao Povo que retornaria pelo Cachimbo Sagrado que ela deixou com eles. Antes de partir, ela lhes disse que nela estavam quatro eras e que ela olharia pelos Povos em cada era, retornando (a energia feminina) no final da quarta era, para restaurar a harmonia e a espiritualidade para a terra com problemas. Ela caminhou uma pequena distância, olhou para trás, para o povo e se sentou. 

Quando ela se levantou eles se surpreenderam, pois ela havia se tornado um búfalo negro. Caminhando uma pequena distância, o búfalo se deitou e aí se levantou como um búfalo amarelo. Na terceira vez, o búfalo caminhou mais um pouco, desta vez se levantando como um búfalo vermelho. Andando mais um pouco, ele rolou no chão e se levantou pela última vez como um bezerro de búfalo branco, assinalando o cumprimento da Profecia do Bezerro de Búfalo Branco. 
A mudança das quatro cores desse búfalo representa as quatro cores do homem (quatro raças), negra, amarela, vermelha e branca. Representam também as quatro direções: norte, leste, sul, oeste. 

Um grupo de cavalos selvagens, mustangs, atravessam uma curva do Rio Cheyene, em Dakota do Sul.
 O Cachimbo Sagrado  que foi deixado ao povo Lakota, da Nação Sioux, ainda está com esse povo, num local sagrado na Reserva Indígena de Rio Cheyenne, em Dakota do Sul.
O Bufalo Branco é atualmente guardado pelo cacique Arvol Looking Horse, conhecido como o Guardião do Cachimbo do Búfalo Branco. A mulher também profetizou que um dia ela (Wakan, a energia feminina da Deusa) voltaria para purificar o mundo e que  o nascimento de um bezerro de búfalo branco seria um sinal de que o seu retorno estaria próximo.


Em 12 de maio de 2011 nasceu o último búfalo branco, Lightning Medicine Cloud, no Texas, no Lakota Ranch. 
Um pouco mais de uma dezena de búfalos brancos já nasceram no século XX  e eles passaram pelas quatro cores descritas na profecia. O penúltimo nasceu (“Sunrise Spirit” – Espírito do Sol Nascente) no dia 22 de maio de 2004 e recentemente nasceu o últimoLightning Medicine Cloud em 12 de maio de 2011, no Texas, mais um claro sinal de que as mudanças previstas em todas as profecias indígenas estão já em curso. (http://www.lightningmedicinecloud.com/)
Esta “lenda” permanece sempre prometedora nesta era de iluminação espiritual e despertar da consciência da humanidade. No mundo de hoje, de confusão e guerra, muitos de nós estamos procurando sinais de paz. 
“Com o retorno do Búfalo Branco, há um sinal de que as orações estão sendo ouvidas, que o Cachimbo da Paz está sendo honrado e que as promessas da profecia estão sendo cumpridas. O Búfalo Branco assinala um tempo de abundância e plenitude” (Sams and Carson, Medicine cards). 
O retorno do Búfalo Branco é mais um sinal do mundo do espírito, pronto e esperando para nos auxiliar a caminhar em nosso mundo, com sabedoria, conhecimento paz e amor. É um presente para todos os povos.
Nós somos todos irmãos e irmãs em muitas formas, vivendo na mesma Mãe Terra. É tempo de respeitar e honrar a Grande Mãe natureza e cada indivíduo, de cada es
pécie,
 da mesma maneira que nós gostaríamos de sermos respeitados por todos.

quarta-feira, 17 de junho de 2015

Lua Pessoal - Entender-se como mulher

LUA PESSOAL
Os primeiros 7 dias do ciclo menstrual, que correspondem ao sangramento, representam nossa Lua Nova Pessoal, momento em que o endométrio (tecido uterino que se formou no ciclo hormonal anterior para receber um possível embrião), não ocorrida a gravidez, esse tecido se degenera, perde sua função e se desprende das paredes uterinas, provocando o sangramento. Isso representa uma renovação de nosso ciclo, o óvulo inicia seu processo de crescimento, os hormônios da mulher ficam em suas doses mais baixas de todo o ciclo.
A Lua Crescente Pessoal, inicia nos próximos 7 dias. Vemos um crescimento das taxas de estrógeno e um aumento mais considerável do óvulo. 

Nossa Lua Cheia Pessoal chega com a maturação do óvulo, a ovulação, onde ele é liberado do ovário e desce para as trompas até chegar ao útero. É o conhecido período fértil, onde é possível ocorrer uma gravidez. Nesse período, temos um aumento considerável de hormônios, como o pico de liberação de estrógeno, e dos hormônios folículo estimulante e luteinizante, que são responsáveis pela liberação do óvulo. Observando nosso corpo, podemos perceber que esses hormônios podem fazer muito mais do que isso, afetam a temperatura corporal que sobe em torno de 1ºC, nosso estado de ânimo, humor, nossa pele, e especialmente nossa libido. São dias de uma profunda revolução e ebulição.
A Lua Minguante Pessoal, corresponde ao período onde ocorre uma caída das taxas de estrógeno e os picos de progesterona, formação do corpo lúteo no ovário e aumento do endométrio no útero. Esse período, de grande transformação dos padrões hormonais, hoje em dia se caracteriza pela síndrome pré menstrual ou TPM. Os sintomas físicos são visíveis, afetando várias partes de nosso corpo e nossas emoções.
Compreender que temos uma Lua Interna, que faz parte da natureza do feminino, é compreender a mudança cíclica, presente em toda mulher. É compreender que somos seres integrais, holísticos e que nossos hormônios afetam muito mais que nossos  óvulos, afetam nosso ser inteiro, essencial.
Re-conectar com a consciência de nossa Lua Pessoal, trabalhando aspectos físicos, emocionais, psíquicos e espirituais em harmonia com nosso ciclo, pode nos ajudar, como  mulher, a entender e aceitar nossas fases e sintomas físicos, mentais, psicológicos, emocionais, e energéticos.  
Estamos desconectadas do mundo natural, esquecemos de contemplar a beleza daantiga mestra do Céu. Precisamos reaprender a olhar “dentro”, nossa Lua Pessoal, e olhar fora, a Lua Cósmica, integrando e re-descobrindo a deusa em nós.
É importante reconhecer essas influências, buscar contemplar essas luas, observar o corpo, tocá-lo, sentir inteiramente como reage em cada momento, estando atenta a pequenas mudanças.