quinta-feira, 20 de março de 2014

Hinduísmo

Nos meios mais tradicionais, o hinduísmo é chamado de Sanatana Dharma (a virtude eterna, os valores eternos).  Diferente de outras religiões, o hinduísmo não tem um pontífice, não se iniciou através de um profeta ou santo. O Hinduísmo se baseia na experiência interior individual do divino.  Não é uma religião organizada e hierarquizada como o Cristianismo ou o Budismo. É a combinação de crenças e valores de cada hindu. 

Existem mais de 850 milhões de hindus no mundo, sendo que a maioria vive na Índia, Nepal, Bangladesh, Paquistão, Indonésia e Sri Lanka.

Alguns conceitos:

Dharma - valor, virtude, agir corretamente, prática moral e ética de acordo com as escrituras, especialmente os Vedas.  Dharma inclui os deveres do indivíduo, da sociedade e os deveres religiosos.  O Dharma é essencial para se alcançar metas materiais ou espirituais e é através do dharma que ocorre o crescimento individual e social.

Brahman – representa a suprema realidade, a realidade sem atributos.  Brahma é imensurável, está além dos conceitos, do nascimento, do raciocínio e do pensamento.

Atman – a alma individual.  O objetivo de Atman é evoluir até mergulhar no divino do Eu interior.  Assim, ela se liberta do ciclo de renascimentos (Samsara).  Libertar-se, no conceito hindu, não é abandonar o mundo, mas mergulhar no mundo e ir além dele, unificar-se com tudo o que existe.  Esse estado é chamado de samadhi, nirvana, kaivalya ou moksha.

Karma – a lei da ação e reação.  As ações que realizamos hoje trarão resultados nesta vida ou em vidas futuras.  Assim, o sofrimento ou o prazer não são impostos pelas forças divinas, mas conseqüências das nossas próprias ações.  O Karma é uma lei natural.  No Hinduísmo, se busca ir além do Karma, seja ele bom ou ruim, e viver em harmonia com o ritmo da própria vida, aceitando aquilo que ela nos traz.

Reencarnação – quando morremos, o corpo físico é deixado para trás e o corpo causal (mente, intelecto, energia vital etc.), juntamente com a alma (Atman), irão reencarnar, criando um novo corpo.  Por que uma pessoa reencarna?  O dharma hindu diz que os desejos não realizados impelem-nos para uma nova vida, para obtermos mais experiências e sabedoria até que não precisemos desejar mais nada, pois alcançamos a compreensão espiritual.

Puja – oferenda.  Puja é o ato de mostrar reverência à divindade ou aspectos do divino através de invocações, preces, músicas e rituais.  Os hindus fazem uma puja pelo menos uma vez por dia.  A maioria deles tem um altar em sua própria casa.

Vedas – os quatro livros sagrados para os hindus.  Os vedas contém informações sobre os cânticos (mantras), os rituais e a doutrina espiritual dos hindus.

Yoga – é uma filosofia que auxilia na libertação.  Através de exercícios físicos, respirações e meditações, atingimos um estado de consciência expandida (samadhi).

A Mitologia hindu é muito rica e diversificada.  Para conhecer algumas das deidades hindus, veja os artigos sobre mitologia hindu.




Namastê

terça-feira, 4 de março de 2014

Shantala: massagem para seu bebê


A Shantala foi trazida da Índia pelo obstetra francês Frederick Leboyer. O nome da técnica, Shantala, foi homenagem a uma mãe, que observada pelo obstetra, massageava seu filho com extrema lentidão em uma seqüência rítmica e ordenada.

A Shantala é uma técnica de massagem em bebês, composta de vinte e um movimentos, realizados no corpo nu do bebê, que fica sobre o colo da mãe. Além dos benefícios físicos que uma massagem proporciona, a Shantala ainda pode propiciar momentos de paz, amor e ternura, promovendo também o equilíbrio energético entre o bebê e o universo.

A massagem Shantala é excelente para os sistemas circulatório e linfático da criança, pois ativa a circulação sanguínea local, dilatando os vasos periféricos, promovendo um melhor aporte sanguíneo e o retorno venoso do sangue das veias para o coração. Fortalece o sistema imunológico da criança aumentando o número de plaquetas, de hemoglobinas e das células vermelhas e brancas.



Enquanto toque terapêutico, proporciona a estimulação cutânea e o desenvolvimento psicomotor da criança. O toque estimula a pele, que, por sua vez, produz enzimas necessárias à síntese protéica. Ocorre também a produção de substâncias que ativam a diferenciação de linfócitos T, responsáveis pela imunidade celular. Ainda em termos biológicos, diminui os níveis das catecolaminas (epinefrina, norepinefrina e cortisol) e ativa a produção de endorfinas, neurotransmissores responsáveis pelas sensações de alegria e de bem estar.

Uma das principais finalidades dessa técnica é a de trabalhar a relação mãe/bebê, levando ao recém-nascido tranqüilidade, segurança e auto-estima. Também auxilia na eliminação de gases, cólicas, prisão de ventre, tranquiliza o sono e por tudo isto, é altamente preventiva.

A técnica é muito fácil de aprender, qualquer pessoa comum com vontade e um pouco de habilidade na aplicação de massagens pode aplicá-la em qualquer criança, sem precisar de uso de medicamentos ou de instrumentos especiais, utilizando tão somente as duas mãos e uma disposição profunda de se doar. Sua aplicação não produz efeitos dolorosos, conduzindo sempre a criança a uma sensação de bem-estar e de relaxamento.

Lembre-se, mamãe: não fique presa a técnica somente, deslize suas mãos com amor e presença no corpinho de seu bebê e deixe impregnado em suas células esse toque amoroso.




Namastê