sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Ganesha

AUM SRI GANESHAYA



O Senhor dos obstáculos, o desatador de nós...
Om Gam Ganapataye Namaha 

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Yoga na gestação


Trabalho corporal, como o Yoga e respiração consciente, pode transformar totalmente o momento mágico da gestação.




sábado, 16 de fevereiro de 2013

Açafrão/Cúrcuma



Pesquisas feitas com o açafrão ou cúrcuma longa, na Índia e USA, dizem que esta planta tem efeitos antioxidantes fantásticos. " Bora" consumir essas iguarias?
A parte da planta usada é o rizoma, que tem sabor amargo e picante, potencia quente e alivia Vata e Kapha. Possui ação digestiva, antidermatose, antidiabética e adstringente ( seca e contrai as mucosas). Esta planta medicinal mostrou-se util nos casos de cancer e alergias pois possui uma atividade imunomoduladora importante.
O açafrão em pó com leite quente e açucar mascavo é utilizado para tosse e rouquidao.  O Ayurveda recomenda o pó de açafrão, rapadura e água de arroz para cálculos renais. Para prurido (coceira) e urticária tomar cerca de 1/4 de uma colher de sobremesa do pó da erva 3 vezes ao dia 

Namastê

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Gengibre no Ayurveda




Quando estive na India, como o uso da pimenta é muiito, o chá prazeiroso (prá mim) do gengibre descia muito bem. Amo gengibre, porisso fui pesquisar um pouco mais, para falar prá vocês sobre seus "poderes mágicos", mas os Pittas que se cuidem do uso abusivo dessa raíz. E as gestantes devem evitar o gengibre, veja abaixo

O Zingiber officinalle, comumente conhecido como gengibre, em sânscrito é chamado de Ardrak ( fresco) ou Sonth ( seco). No Ayurveda é denominado de remédio universal devido as suas muitas propriedades terapêuticas.É uma planta medicinal originária da Ásia e aclimatada no Brasil, cresce até um metro porem é sua raiz debaixo da terra que apresenta valor terapêutico e culinário. Esta erva medicinal vem sendo utilizada na medicina Chinesa e no Ayurveda há milhares de anos pelos médicos orientais.
 O gengibre apresenta propriedades terapêuticas sobre o sistema digestivo, pois estimula a liberação de enzimas que promovem o esvaziamento do estômago. Tem sido utilizado com êxito no tratamento de náuseas e vômitos em diversas doenças, é efetivo nos enjôos da quimioterapia, alem disto estudos demonstraram benefícios em baixar o nível do colesterol e reduzir a aderência as plaquetras.
 A raiz do gengibre melhora a circulação e é indicada por médicos chineses e indianos para pés e mãos frias. A Medicina Ayurvedica afirma que o gengibre atua nas três fases da função gastro-intestinal: digestão, absorção e evacuação. Na Índia recomenda-se o chá de gengibre em decocção(fervura da raiz), com 3 gotas de limão e uma pitadinha de sal marinho, 30 minutos antes das refeições para estimular o fogo digestivo, promover uma boa digestão e aliviar flatulência.
Esta planta medicinal possui uma importante ação antiinflamatória e anti-reumática, tanto para uso interno quanto para uso externo. O suco, pasta ou óleo essencial do gengibre pode ser aplicado externamente para dores, inflamações e cefaléias. No caso de reumatismo, artrose, contraturas musculares, lombalgia e cervicalgia podemos fazer uma massagem local associada a fricção com pasta ou óleo essencial de gengibre. Isto promove um efeito de aquecimento local associado a uma analgesia ( alívio da dor).
 O gengibre possui uma atividade anti-viral e antiinflamatória sendo largamente utilizado em quadros respiratórios de vias aéreas superiores. Devido as suas propriedades picantes e amornantes é utilizado para gripes e resfriados no inverno, rouquidão, inflamação da garganta, tosse e secreção. Um chá de gengibre em decocção ( fervura das raízes), com alho, casca de canela e depois de pronto adicionamos uma colher de sopa de mel de eucalipto é eficaz nestes quadros respiratórios. Deve ser tomado morno 3 vezes ao dia entre as refeições até sumirem os sintomas.
O Ayurveda classifica o gengibre como uma raiz de sabor picante, energia quente, pacifica Vata e Kapha mas pode agravar Pitta se utilizado em excesso. Podemos também utilizar o gengibre na culinária como um excelente condimento aumentando o sabor picante e a energia quente das receitas vegetarianas. Com este objetivo, na Índia, o gengibre é associado a outros temperos: pimenta do reino, canela, noz moscada, cravo, cardamomo e alho.
Em uma publicação recente sobre plantas medicinais, “Major Herbs of Ayurveda” são descritas as seguintes propriedades do gengibre: atividade antiemetica (alivia náuseas), atividade antiulcerosa, atividade hepatoprotetora (protege o fígado), atividade antiinflamatória, atividade antipirética (reduz a febre), atividade cardiovascular (diminui o colesterol e os triglicerideos), atividade antioxidante (elimina radicais livres), atividade imunomoduladora (promove o sistema imunológico) , atividade antiviral. Porem é contra-indicado na gravidez pelo potencial de induzir a contração uterina. Com tantas propriedades benéficas não podemos deixar de utilizar esta raiz tanto como erva medicinal quanto como condimento na alimentação.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Uma "Boa Hora"



Está chegando a hora do parto.
Está chegando aquela hora que todas as mulheres sensíveis profetizam: está chegando a BOA HORA.

Mas o que é uma boa hora?
Tradicionalmente, são os votos que são feitos às mulheres grávidas, principalmente àquelas que se encontram próximas ao momento do parto.
Uma bora hora seria, assim, um parto tranquilo, sem complicações, com mãe e filho passando pelo portal sagrado do parto bem.
Mas a boa hora não acontece do nada, apenas porque Nossa Senhora do Bom Parto assim o quis.
O importante para esse momento é mesmo uma oração , uma conversa de "mulher pra mulher" Tipo:

"Nossa Senhora todas - da Graça, de Fátima, Aparecida, Desatadora dos Nós, do Bom Parto, todas.
A senhora é mãe.
Sabe o que é ter um filho corajoso, destemido, obstinado, líder e ousado para o seu tempo.
Sabe que isso traz uma grande alegria ao coração, mas também um medo tremendo de perdê-lo...
Então conhece melhor do que todas as outras mães a tal "dor e delícia" de ser mãe.
Eu não devia pedir mais nada nessa altura do campeonato, visto que fui tão protegida e amparada durante essas semanas  em que gesto meu bebê
Devia, agora, dizer:grata, muito grata,e nada mais
Mas, sabe como é, sou humana, não sou santa, sou uma mulher humana
Então vou pedir à Senhora só mais uma coisinha: proteja minha pequena família durante o meu trabalho de parto.
Que possamos ser corajosos, fortes, amáveis, carinhosos e biológicos.
Que eu sinta todas as mudanças como processos naturais e, assim, deslize suavemente pela Boa Hora.
Que eu transforme eventuais dores em compreensão de que elas são, apenas, consequência de termos adquirido a característica bípede, com consequente estreitamento da bacia, e não como sofrimento.
De que são etapas fundamentais de preparação física e espiritual para a chegada de meu bebê
Que eu me lembre, a cada contração, a cada segundo, que são minutos a menos que me separam do momento de ver seu rosto .
Que o trabalho de parto seja, para todos nós, um momento tranquilo, seguro e natural.
Que eu tenha força até o fim.
Força e fé.
Que meu companheiro também seja forte e seguro, para vivermos isso juntos.
E que nosso bebê venha com saúde,  alegria, energia e vigor pro início de uma nova experiência de vida.
Que todas as nossas amigas do parto ( Parteira e Doula, ou o Medica e Doula )
sejam envoltas por uma energia de amor e tranquilidade para que, durante as horas em que estaremos juntas, possamos ser uma grande família.
Está meio frio lá fora, mas eu peço à Senhora que nossa sala seja, durante essas horas, um grande centro de calor humano e confiança na vida.
Por fim, peço que proteja a mim e a todas as mulheres que encaram suas missões sem pavor, com a cara, a coragem e a linda barriga.
E que dê força àquelas que ainda não são seguras de si.
Esteja conosco na Boa Hora, como tem estado sempre.
Amém."

Uma mãe


Boa Hora pra todas! Mulher que gesta, uma sonho, um projeto, que gesta um filho/a.
 

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Doula a quem doer




"Quando em 2001 o primeiro curso de formação de doulas teve lugar no Brasil, por iniciativa de um médico obstetra, ninguém poderia imaginar a importância que essas profissionais teriam num futuro tão próximo. Naquela época raras pessoas sabiam o que era uma doula e sua função. Apesar de ainda hoje se fazer muita confusão, muita gente já conhece as funções a elas atribuídas, sua importância e seu papel no cenário da assistência ao parto.

Doulas são mulheres treinadas para dar suporte durante o parto. Embora não possam executar a parte técnica da assistência, têm papel importantíssimo durante o processo, o que faz a maior diferença nos resultados. Pensando em gestantes atendidas na mesma maternidade, pela mesma equipe de médicos e enfermeiras, são as mulheres acompanhadas por doulas as que serão mais beneficiadas.
 Os estudos mostram redução de 20% nas taxas de cesariana e de 30% nos nascimentos de bebê com baixa nota nos primeiros minutos de vida, para citar alguns parâmetros. Tudo isso sem nenhum efeito deletério.

Existem dois modelos de atuação para doulas. São eles: doulas do setor privado, remuneradas por seu trabalho de atendimento a clientes que as contratam, e as doulas voluntárias, que trabalham no sistema público sem conhecer anteriormente as gestantes que vão atender.
Nos países de primeiro mundo, como Estados Unidos, por exemplo, as doulas já estão ativas na assistência há mais de 30 anos. No Brasil existem entre 2 mil e 4 mil doulas atuantes entre os dois setores, embora não haja um número oficial ou um cadastro único.
 Neste 31 de janeiro, o Ministério do Trabalho lançou a nova versão da Classificação Brasileira de Ocupações, onde figura, pela primeira vez, a ocupação de doula. Porém, não existe uma profissionalização oficial, como ocorre em outras ocupações em que não há, tal como as doulas, execução de procedimentos de risco para a população. Tal como fotógrafos e cinegrafistas que adentram no recinto do parto, as doulas não executam procedimentos médicos ou de enfermagem, não oferecendo, portanto, riscos às mulheres.
 As funções básicas da doula são: acompanhar, acalmar, oferecer suporte emocional e físico, realizar massagem localizada, sugerir movimentos, respirações, atitudes, enfim, uma miríade de ferramentas que ajudam a mulher a atravessar o intenso processo que é dar à luz um bebê.

Uma grande polêmica ocorreu essa semana quando dois grandes hospitais privados da capital paulista proibiram a presença de doulas nos partos, alegando risco de infecção, e recuaram após imensa repercussão na mídia e nas redes sociais. A questão, no entanto, passa longe dos alegados riscos.
Estamos falando de relações de poder, de interesses econômicos, de falta de gerenciamento do setor privado.

Uma boa parte dos hospitais privados do Brasil apresenta taxas de cesarianas superiores a 90%. As cesarianas marcadas são o pilar de sustentação financeira das maternidades privadas. Partos normais, apesar de mais seguros, causam prejuízo, pois ocupam por tempos imprevisíveis os leitos, dão mais trabalho à enfermagem, não têm hora para ocorrer e não podem ser controlados.
Doulas, acompanhando mulheres em trabalho de parto que querem muito um parto natural, perturbam a ordem natural de um centro cirúrgico estruturado para cesarianas pré-agendadas por motivos simples: pedem água, alimentos e explicações. Além disso, mulheres acompanhadas por doulas desobedecem regras institucionais, questionam mais, desafiam mais. Pais acompanhados de doulas são mais protetores e questionadores. Doulas e partos normais e naturais, portanto, incomodam as instituições médicas.

Enquanto os setores do nosso país não assumirem que as mulheres estão sendo “roubadas” em seus partos, tanto no setor privado com suas cesarianas agendadas, quanto no setor público, com seus partos altamente medicalizados e violentos, não poderemos avançar de fato nas crises profissionais.
O problema não são as doulas e sua regulamentação. O problema não são as alegadas infecções provocadas pela presença de mais um acompanhante. O problema é sim um processo de violência coletiva que vem se perpetuando há décadas em nosso país, sob os olhos semicerrados do governo, da Agência Nacional de Saúde Suplementar, do Ministério da Saúde, e das secretarias.

Se nem a Lei do Acompanhante é obedecida em mais da metade das instituições paulistas, o que se dirá de uma iniciativa que deveria ser tomada de livre e espontânea vontade pelas instituições para melhorar a assistência às mulheres que desejam um parto suave, prazeroso, positivo, e acolhedor? Ainda temos um longo caminho a percorrer, e as doulas continuarão a ter um papel fundamental nesse processo."

ANA CRISTINA DUARTE.
(OBSTETRIZ PELA USP E INSTRUTORA EM CAPACITAÇÃO DE DOULAS; É COORDENADORA DO GRUPO DE APOIO À MATERNIDADE ATIVA E AUTORA DE “PARTO NORMAL OU CESÁREA? O QUE TODA MULHER DEVE SABER - E TODO HOMEM TAMBÉM” (UNESP)