Parto Domiciliar: Escolha da Mulher
A gestação e o parto sempre foram vistos como eventos naturais e fisiológicos na vida de uma mulher. As experiências eram passadas de mãe para filha, entre irmãs ou amigas. O nascimento da criança era atendido por parteiras ou comadres, na casa da própria mulher. No entanto, com a intensificação da tecnologia e a entrada dos homens na assistência ao parto nos últimos séculos, o parto tem deixado de ser um evento feminino e natural, passando a ser tratado como doença e com a necessidade constante e rotineira de intervenções médicas. Nossos corpos, nossas mentes, nossos filhos e nossa sociedade têm sido violentados com agressões e intervenções desnecessárias, em detrimento a um modelo de assistência tecnocrático e biomédico.
Há algumas décadas as mulheres do mundo todo tem sentido na pele as conseqüências deste modelo, e num movimento de resgate da autonomia de seus corpos e do parto seguro e fisiológico, muitas mulheres tem optado por terem seus filhos em casa. A casa é a identidade de uma pessoa, é seu refúgio, é o local onde ela pode se sentir acolhida e segura. O parto é um evento de intima relação entre a mulher, seu corpo e seu filho. A mulher deve estar conectada com suas vozes interiores para vivenciar de maneira plena este momento. Estar num ambiente (seja ele qual for) com muitos estímulos, conversas paralelas, pessoas desconhecidas pode desfavorecer e dificultar esta vivência. Segundo a Organização Mundial de Saúde, a mulher de baixo risco gestacional, pode escolher o local e com quem terá seu filho (parteira, enfermeira obstetra, obstetriz ou medico), da maneira que se sentir mais segura. Sentir-se segura é primordial para que o momento do nascimento ocorra de maneira tranqüila e natural.
Adelita Gonzales
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