quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Parto Humanizado



O parto no hospital pode ser humanizado. O parto em casa pode ser humanizado. Até uma cesariana pode ser humanizada, quando bem indicada. A Humanização está na mulher como dona do seu parto.

O Parto é da Mulher!

O PARTO HUMANIZADO é um direito de TODAS as mulheres.

É o parto em que a mulher e o bebê são tratados com respeito e as intervenções médicas só ocorrem se necessário ou desejado pela gestante.

 É direito seu:

• Ser ouvida, ter suas dúvidas esclarecidas e poder se expressar, sem vergonha de chorar, gritar ou rir. Ninguém pode ignorar, maltratar ou mandar você se calar.

• Ficar livre para se movimentar, o que ajuda a aliviar a dor.

• Ter um acompanhante, que pode ser quem você quiser.

• Usar roupas que não causem vergonha ou desconforto.

• Recusar a lavagem intestinal e a raspagem de pelos, que são desnecessárias.

• Receber alimentos leves e líquidos se sentir fome ou sede.

• Não permitir que rompam a sua bolsa antes de ela arrebentar sozinha, porque isso pode aumentar as dores e contrações, fazer o bebê entrar em sofrimento e causar uma complicação gravíssima, chamada prolapso do cordão umbilical.

• Só receber o soro para apressar o parto (indução com ocitocina) se for necessário, porque ele aumenta muito as dores e pode fazer o bebê entrar em sofrimento.

• Só receber a anestesia se quiser e depois de ser informada sobre os riscos.

• Recusar o corte da vagina (episiotomia). Às vezes o médico faz um corte quando precisa usar o fórceps, ou quando o bebê tem que nascer rápido. Mas, se tudo estiver bem, esse corte não é necessário. Sete entre dez mulheres não laceram (não rasgam), e as que laceram normalmente têm ferimentos menores do que os de um corte.

• Parir na posição que achar mais confortável. Parir deitada com as pernas para cima dificulta a oxigenação (respiração) do bebê dentro da barriga, faz o parto demorar mais e leva você a fazer mais força, aumentando as suas chances de lacerar.

• Só fazer cesariana caso ela seja necessária, e depois de informada do motivo e dos riscos envolvidos. A cesariana feita sem motivo aumenta em três vezes a chance de você ou o bebê morrerem. Menos de 15 em cada 100 gestantes realmente precisam de cesariana. Antes de escolher um médico, veja se o percentual de cesarianas dele não está muito acima disso.

Depois de parir, se você e seu bebê estiverem saudáveis, é direito seu:

• Ter contato físico imediato com seu bebê assim que ele nascer.

• Exigir que esperem que o cordão pare de pulsar para cortá-lo, o que diminui as chances de o bebê ter anemia, além de ser mais confortável para ele.

• Ficar com o bebê sempre junto de você, amamentando-o à vontade.

• Recusar que ofereçam ao bebê água com açúcar, leite artificial, bicos, chupetas e mamadeiras, porque prejudicam a amamentação.

• Receber orientações sobre a amamentação e suas vantagens.

PESQUISE. Se o que o seu médico diz é diferente do que dizem os órgãos oficiais (como a Organização Mundial de Saúde e o Ministério da Saúde do Brasil), desconfie.

DENUNCIE. Impedir o exercício desses direitos é VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA. Denuncie junto à administração do hospital, ao Ministério Público ou à Ouvidoria do seu Município.

EXIJA. Não tolere a violência obstétrica calada.

Lute por você e seu bebê. 

  *Fonte: Parto Humanizado

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